DE MÃE PARA FILHO...

Aqui se fala do sentimento mais puro e profundo
que é o amor de uma mãe por seus filhos!
Aqui se fala também da vida!

" Não digas onde acaba o dia.
Onde começa a noite.
Não fales palavras vãs.
As palavras do mundo.
Não digas onde começa a Terra,
Onde termina o céu
Não digas até onde és tu.
Não digas desde onde és Deus.
Desfaze-te da vaidade triste de falar.
Pensa, completamente silencioso,
Até a glória de ficar silencioso, Sem pensar."
(Cecília Meireles)


10 de março de 2013

O amor só não basta


(...)

Casaram. Te amo pra cá, te amo pra lá. Lindo, mas insustentável.
O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto tem que haver muito mais que amor, e às vezes nem necessita um amor tão intenso.
É preciso que haja, antes de mais nada, respeito. Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos alheiros. Alguma paciência.
Amor, só, não basta.

Não pode haver competição. Nem comparações.
Tem que ter jogo de cintura para acatar regras que não foram previamente combinadas.
Tem que ter bom humor para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber relevar.
Amar, só, é pouco.

Tem que haver inteligência.
Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas pra pagar.
Tem que ter disciplina para educar os filhos, dar exemplo, não gritar.
Tem que ter um bom psiquiatra.
Não adianta, apenas, amar.

Entre casais que se unem visando a longevidade do matrimônio tem que haver um pouco de silêncio,
amigos de infância, vida própria, independência, um tempo para cada um.
Tem que haver confiança.
Uma certa camaradagem: às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou.
É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.
E que amar, solamente, não basta.

Entre homens e mulheres que acham que amor é só poesia tem que haver discernimento,pé no chão, racionalidade.
Tem que saber que o amor pode ser bom, pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.
O amor é grande, mas não é dois.
É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.”


Martha Medeiros

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